sábado, 13 de julho de 2013

Crítica: O Homem de Aço (2013)

O filme se perde em alguns momentos, mas honra a obra do Homem de Aço.



Todos sabiam que Homem de Aço era um dos filmes mais esperados do ano, estávamos todos ansiosos pelo retorno do herói mais poderoso do universo as telinhas. Mas e então, foi o que esperávamos?


Bem, na sua maioria, sim. E não tinha como não ser, já que estava nas mãos de dois dos melhores adaptadores de quadrinhos dos últimos tempos: Zack Snyder (“Watchman – O Filme”) e Christopher Nolan (“Batman – O Cavaleiro das Trevas”).

Claro que o filme não é perfeito. Ele sofre em alguns momentos com cortes mal colocados e por vezes confusos (mesmo sendo essenciais para a trama), na falta de profundidade do romance, e na perda de vigor na terceira parte. Mas nada que apague o brilho da produção.



Como já era esperado, o longa funciona quase como Batman Begins, nos mostrando a origem do herói, desde o nascimento até sua adolescência e vida adulta. Um ponto positivo foi não se demorar por ai, mostrando o começo da vida de Clark apenas em flashbacks intercalados com a trama principal.

A nova produção respeita as HQ’s e não decepciona os fãs das revista em momento algum, pelo contrário, faz constantes referências a elas, o que acaba dando consistência ao enredo, mas em momento algum prejudicando que nunca leu uma das histórias antes.
Uma das modificações mais notáveis é que agora Superman usa a cueca no lugar certo.

Henry Cavill tem uma atuação digna da grandiosidade de seu personagem, não perdendo e nem copiando em nada seus antecessores. Ele consegue sair do drama inicial, de alguém rejeitado por seu país e que ainda não encontrou seu lugar e nem objetivo na terra, passando pela emoção e romance, indo até a ação final sem perder a qualidade e o carisma.

Amy Adams faz muito bem o papel de Lois Lane, deixando de lado a figura de donzela indefesa e passando a ter um destaque maior na trama, mesmo não tendo tempo para desenvolver um par romântico convincente com o herói principal.

Michael Shannon, convence no papel de Zod, o vilão em busca de vingança e disposto a reconstruir o império Kryptoniano em nosso planeta. Outro destaque é Antje Traue, interpretando Faora, braço direito de Zod, e que protagoniza grande parte das cenas de ação do filme.

Russel Crowe faz ótima apresentação, tendo um papel ativo como Jor-El, pai biológico de Clark. O pai terreno, vivido por Kevin Costner também não fica para trás, e mesmo aparecendo pouco, protagoniza uma das cenas mais emocionantes da produção.

Como já foi dito, o filme perde um pouco de sua consistência na parte final, fazendo com que o ultimo duelo não seja tão impactante quanto poderia ter sido.

Em um balanço final, o filme é ótimo e honra em todos os quesitos a obra do Homem de Aço. Que venham os próximos!


Nota: 9/10

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John Miler é gaúcho, estudante de Comércio Exterior, aspirante a escritor/roteirista e um amante do cinema. Fundou o Cinema & Cafeína em junho de 2013 para dividir essa paixão com o mundo.

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